quarta-feira, 10 de junho de 2015

Laços & Liberdade

Em um papo descontraído surgiu a pergunta:


“Você lembra com quantos anos aprendeu a amarrar o próprio tênis?”.
 
Bem, eu não lembro, mas talvez minha mãe sim, se isso tiver sido relevante pra ela. A pessoa que me fez essa pergunta contou com certo pesar que demorou muito a amarrar seu próprio cadarço e que até hoje o seu laço não é feito de forma prática. O mundo interno de cada um é mesmo uma nuvem de informações. Pode parecer bobo, mas um comportamento tão habitual pode estar relacionado com as expectativas, autoconfiança e até com a nossa tal liberdade. E cá estou eu, esmiuçando a metáfora dos cadarços na vida. O fato é que quando você aprende a amarrar seu próprio cadarço, dificilmente, se for possível evitar, vai pedir para outra pessoa amarrar. Você vai encontrar sua própria forma de amarração, o jeito mais fácil de passar o cadarço sobre os dedos, se é melhor por cima ou por baixo, como será seus arcos, e finalmente o seu laço final; dessa forma você passa a confiar nos seus próprios laços, pois eles foram feitos por você e com a força que você necessita para se sentir confortável. Pode ser que você se sinta inseguro com laços frouxos, e será necessária a ajuda de alguém com mais habilidade para que você passe a se sentir seguro novamente em relação aos seus próprios laços. Eu estou aqui. E eu sei que isso vai fazer sentido pra você.

Com carinho,
Para R.