Dizem que ainda existe a espera do motor do carro que aguarda lá fora.
Dizem que houve choro e arrependimento diante dos sentimentos inacabados,
aqueles desencontrados que insistem em coçar no peito da gente. Dizem também que
existe o desejo de abrir a porta para que você entrasse, depois de um “e aí?” meio
sem jeito, assim de saudade. Pensaram que talvez eu pudesse te servir
uma cerveja artesanal, daquelas que sobrou do natal, enquanto o humor sarcástico
e despretensioso tomava conta do ambiente. No
entanto, baby, não precisa aparecer, não. Sua presença já está esmagando os
meus pensamentos. Você surge numa balada de Blues Rock, surge também naquele seriado do Ryan
Murphy e Brad Falchuk, no clássico do Max Romeo, no 9gag, e quem diria, você surge
até mesmo num romance empoeirado do Hesse que tirei da estante. Eu me basto,
por hora, entendendo que é uma contradição dispensável querer a sua presença.
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