terça-feira, 7 de maio de 2019

Google pesquisar

Quando criança eu morava no litoral e costumava passar todos os finais de semana na casa da minha tia para poder brincar com os meus primos. O fato é que nessas visitas eu SEMPRE me pegava observando um antigo quadro, idêntico a esse da foto, que ficava na sala dela.

Todo mundo sabe o quanto sou apaixonada pela infância que tive. Com o passar dos anos me agarro ainda mais a todas as lembranças possíveis da melhor época da minha vida. Como disse Cacaso “minha infância é a minha pátria, por isso vivo no exílio”.

 Quem me conhece bem também sabe que sou apaixonada por pinturas pré-Rafaelitas e sigo zilhões de páginas sobre. Hoje, ocasionalmente, abri o Facebook e dei de cara com uma pintura do René Gérin que automaticamente me transportou para a sala da minha tia.

Sim, voltei meus pensamentos para aquele quadro que me fazia VIAJAR: lembro que me imaginava naquela paisagem e sentia até o cheiro do lugar (Oi, sinestesia?). Lembro tbm de uma vez perguntar para minha avó:

- Vó, no quadro é a Sra. e vovô quando eram casados? (Eles se separaram antes mesmo d’eu nascer).

Daí que hoje decidi que descobriria quem assinava aquela pintura que havia sido tão significativa na minha infância.

As palavras chaves que usei na busca do Google foram: “quadros antigos da década de oitenta/quadros antigos da década de noventa/pinturas populares no Brasil”. E nada! Até que cheguei no pintor Pedro Weingärtner. Não, não era ele. Mas estava no rumo.

 Então pesquisei por artistas com temática similar e achei a pintura que eu queria (talvez a primeira expressão artística que me fisgou desde que me entendo por gente.) Finalmente cheguei ao nome do artista que eu buscava: Toshizo Nakane!

Li um pouco sobre a sua carreira e tive acesso a depoimentos de outras pessoas que, assim como eu, de forma modesta, tiveram contato com as réplicas de seus quadros nas casas de suas avós ou enfim.

Fiquei imaginando quantas crianças esse artista conseguiu chamar pra dentro dos seus quadros e quantas "viajaram" comigo  naquela época. Toshizo Nakane fez parte da minha infância de uma forma tão bonita e eu nunca nem havia parado para pensar sobre isso, sequer sabia seu nome, até hoje de manhã. 🎐💭


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